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Almoço de Ideias da ACI

 

Momento da Palestra com Deputado Pedro Westphalen

 O secretário de Estado dos Transportes e Mobilidade, deputado Pedro Westphalen (PP), foi o palestrante, quinta-feira, em Almoço de Ideias da ACI, que teve lugar no Clube Harmonia, acompanhado por 100 pessoas, entre prefeitos, secretários municipais e empresários. O tema foi a situação do sistema viário no Estado, especialmente nesta região. Sua manifestação ocorreu após saudação aos presentes, do presidente da ACI, Carlos Alberto Dutra.
Sabe-se que o governador José Ivo Sartori recebeu o Governo do Estado com a despesa superior a receita. Essa situação fez o governo assumir como meta de seu mandato, o pagamento dos salários devidos ao funcionalismo do Estado, o que vem sendo feito com muita dificuldade, inclusive valendo-se do recurso de repassar esses valores em parcelas, durante o mês seguinte, o que ocorreu várias vezes nos 15 meses já decorridos do atual período de governo.
OBRAS RETOMADAS – Mas apesar disso, informou Westphalen, o governo conseguiu retomar obras iniciadas na administração anterior e pagar empreiteiras, restabelecendo assim, o relacionamento com prestadores de serviços em todas as áreas de atividades. Fez isso, administrando a escassez de recursos que o Rio Grande acompanha, pari-passu, especialmente quando se trata do pagamento parcelado dos salários mensais do funcionalismo do Estado, assinalou o secretário dos Transportes.
DIAGNÓSTICO/DIFICULDADES/OPORTUNIDADES – Westphalen explicou que sua estratégia iniciou com um diagnóstico da pasta, identificou as dificuldades, e selecionou as oportunidades, para fazer um plano de obras, que realiza com avanços e recuos e também colhendo alegrias e suportando tristezas. Privilegiou a continuidade de obras iniciadas, salientando que a vida não começa e não termina em quatro anos, o que explica a convicção da continuidade, por ser, na verdade, uma ação coletiva, com mudanças de executivos a cada intervalo de quatro anos. Para o secretário, o Brasil, há 50 anos, cometeu um erro histórico, de privilegiar as rodovias em um país continental, jogando no ostracismo outros modais, como as ferrovias e as hidrovias.
EGR/PORTOS HIDROVIAS – Focando os compromissos da secretaria dos Transportes e Mobilidade, citou que EGR – Empresa Gaúcha de Rodovias – criada no governo passado, é estratégica especialmente com as mudanças que vão ocorrer nas suas finalidades, já que não se limitará a cobrança de pedágios. Citou também o Porto de Rio Grande, que está sendo ampliado graças a ações conjuntas do Governo do Estado e a União, que vai aumentar em um terço sua capacidade de atendimento. Citou a reativação do Porto de Pelotas e do terminal de Triunfo (este será o ponto de embarque da produção de Caxias do Sul exportada para o centro do País, com transporte por hidrovia).
TRANSPORTE AÉREO/FERROVIÁRIO – O transporte aéreo para o interior do Estado foi estimulado com a redução do ICMS de 12% para 10%, o que determinou grande investimento no Aeroporto de Santo Ângelo e o surgimento de linhas aéreas de cidades do interior com Porto Alegre e São Paulo. O transporte ferroviário, embora não esteja sob as ordens do governo estadual, faz parte da inter-modalidade, explicou Westphalen e, por isso, passou por consultoria, que este mês será apresentada em Brasília. Para o secretário dos Transportes, a concessão da malha ferroviária gaúcha não foi boa para o Estado, porque desativou 1.200 quilômetros de linhas férreas, e como este ano será o da renovação da concessão, é bom o governo central saber o que importa para o Rio Grande, nessa área.
CONTINUIDADE – Em sua manifestação, Pedro Westphalen disse que o critério adotado no governo foi o da complementação de obras iniciadas e não deixar obras desperdiçadas. Destacou que o governo nada deve a empreiteiras, faz o que estava programado, não cria expectativas em torno do que não pode fazer, e sempre explica porque não assume esta ou aquela obra.
MOMENTO DIFÍCIL – Disse que enfrenta muitas dificuldades no seu cotidiano de secretário, mas não desiste de seus propósitos. Registrou que vivemos momentos difíceis, lembrando que em 50 anos, o Governo do Estado gastou dentro do limite da receita, em apenas sete. Também anunciou consultoria que está sendo feita no DAER, que indicará como será feita a passagem de um órgão sucateado, para uma condição moderna e de grande capacidade realizadora.
QUESTIONAMENTOS – O secretário recebeu questionamentos do jornalista José Grisolia Filho sobre a RS-165 e a RS-168, ampliadas pela vereadora Cledi Cardinal, de Bossoroca. Westphalen explicou que o trecho Roque Gonzales/São Luiz está em obras, e o trecho São Luiz/ Bossoroca, depende da anulação da concessão à empreiteira que venceu a concorrência e não inicia as obras, o que ocorrerá brevemente, dando espaço à empresa colocada em segundo lugar. O trecho Bossoroca/Santiago não dispõe de recursos para reconstrução, mas passa por operação tapa-buraco. De Cirino Calistrato Rebelo, recebeu informações sobre o peso dos pedágios para transportadores, e, finalmente, Ivo Batista, presidente da Coopatrigo, pronunciou fortes críticas ao governo, porque não mantém a estrutura viária da região, de forma permanente, em boas condições. O secretário dos Transportes explicou que a estrada de Garruchos a Santo Antônio das Missões não tem recursos, no momento, para ser pavimentada, mas será ensaibrada, para dar segurança no trânsito, apesar de ser apenas revestimento primário. Luciana Ottoni, da Rádio Missioneira, reforçou essa manifestação, citando Pirapó e Garruchos como os Municípios da região que ainda não têm acesso asfáltico e precisam desse melhoramento para não ficarem em situação de isolamento.

por José Grisolia Filho – Assessor de Imprensa